As estratégias dos pedófilos
- Jornal A Pátria
- 8 de set. de 2020
- 2 min de leitura
Para quem conhece a história da pornografia, nós sabemos que a sociedade não permitiu, logo de cara, filmes com cenas explícitas, mas passou antes por um processo de "dessensibilização" com fotos de modelos em poses sensuais (as famosas pin-ups).

Na época da Segunda Guerra Mundial, os soldados tinham algumas coleções de pin-up para olharem em intervalos de combate e momentos de descanso.
A estratégia, então, é começar com ensaios fotográficos de crianças.
Recebi num grupo de WhatsApp fotos de propaganda com um evidente erotismo infantil, uma delas inclusive era a Audi.
Não quero divulgar esse lixo imundo por aí, só peguei a imagem abaixo como um exemplo e ainda dei uma censurada no rosto de uma das crianças.
Uma menina de aproximadamente 9 anos aparece em uma posição claramente "sensual".
Para bom observador, coloquei estratégia no plural (as "estratégias" e não "estratégia"). Gostaria de destacar também uma das estratégias para fazerem isso à luz do dia.
A rotina pedófila é dizer: "Ain, você é que deve ser pedófilo, vendo sensualidade numa coisa banal dessas, pois é só uma criança". Ou seja, a tática é sugerir que o denunciante tenha prazeres desordenados. Isso, é claro, sempre com um show histérico.

Obviamente é um blefe.
Esse argumento pressupõe que a sexualidade é meramente subjetiva, o que é falso.
Existem sinais em nossa sociedade do que é linguagem corporal sensual ou não. Pouca roupa, olhar confiante (de costas) tende sim a ser a maneira como uma mulher seduz um homem adulto [assim como homens adultos também podem ter maneiras próprias de seduzirem ou se mostrarem para mulheres].
Os responsáveis por esses ensaios fotográficos "trasladaram" sinais sexuais (ou linguagem corporal que é tipicamente atribuída a sedução ou conquista, em um sentido erótico, e necessariamente sexual) de adulto para uma criança.
Não podemos desanimar em nossa denúncia por causa disso, devemos respirar fundo e permanecermos firmes na luta pelo bem.
por Vinícius Dias

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