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95 anos de qual Partido Comunista?

(Bruno Torres, 27 de março de 2017).

Quanto a polêmica em torno dos noventa e cinco anos de fundação do Partido Comunista do Brasil (PCB), podemos sintetizar a questão da seguinte forma:


A sigla que queira reivindicar-se como "os verdadeiros herdeiros do PCB de 1922", faça-o, por favor, somente quando estiver à altura do que foi o Partido Comunista do Brasil.


Me refiro ao PCB que possuía capilaridade nas massas populares brasileiras. O PCB que liderava milhões e milhões de trabalhadores e que, ao mesmo tempo, possuía mais de 200 mil militantes ativos e orgânicos. O PCB que dirigiu o levante revolucionário de 1935. O mesmo PCB que controlava empresas e entidades, dirigia órgãos de imprensa independente aos montes por todo o país, possuía em suas mãos editoras, e tinha em suas fileiras os setores mais progressistas de toda a sociedade brasileira.


É preciso dizer, companheiros, que aqueles que querem considerar-se como verdadeiro herdeiro do PCB de 1922, faça-o somente quando estiver à altura deste mesmo partido.


Só, assim, com qualquer sigla ou nome que tenha atualmente, é que podemos "outorgar" que partido é ou não é o herdeiro político e revolucionário do Partido Comunista do Brasil.


Enquanto isto não ocorre, qualquer discussão para além disso é infrutífera e desnecessária.


Quando levantamos esta questão, não queremos, óbvio, falar de estar à "altura do PCB" em termos meramente quantitativos, só porque, "formalmente" possuía mais de 200 mil militantes ativos...


Não, o quero dizer com "estar à altura do PCB que contou com milhares e militantes e controlava entidades, etc.", falo sobretudo da razão que fazia com o que o PCB gozasse de tanto prestígio entre as massas populares do Brasil e não do mero prestígio em si.


Não é apenas sobre o Partido Comunista do Brasil ter tido 200 mil militantes e várias editoras e órgãos de imprensa. É, também, sobre o porquê desse partido conseguir ser tão bem-sucedido a ponto de ter tantos militantes e tantas editoras e órgãos de imprensa.


E isto, senhores, é o central dessa polêmica.


A legitimidade – em termos marxistas, e não puramente "legais" – de um Partido Comunista, não é uma mera questão de nomenclatura, nem de maioria numérica, e nem muito menos dos que "reivindicam mais" ou dos que reivindicam “menos” o legado desse partido.


O Partido Comunista não é qualquer partido político.


O Partido Comunista não é uma mera agremiação de "comunistas que se organizam coletivamente". O Partido Comunista não se faz apenas por uma organização que realiza reuniões e congressos.


O Partido Comunista trata-se de outra coisa...


Este partido, para além de uma agremiação, é uma necessidade histórica-social.


Com isso quero dizer que o Partido Comunista é um instrumento do "avançar" da roda da história. Ele é uma ferramenta da emancipação da humanidade.


Isso, mais do que qualquer outra coisa, é o que devemos levar em conta ao querer caracterizar alguma agremiação política como "herdeira" do Partido Comunista do Brasil de 1922.


Isto, meus senhores, não é sobre uma legenda, mas sim sobre uma questão histórica. E na atualidade, por ora, a História ainda não nos provou qual é a organização política digna deste legado.


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