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Como e por qual motivo o Irã derrubou o Boeing ucraniano

Atualizado: 29 de mai. de 2022

As Forças de Defesa Aérea do Irã derrubaram o Boeing 737-800 da Ukraine International Airlines (vôo PS752) perto de Teerã devido a "um erro humano", disse o General do Estado-Maior das Forças Armadas Iranianas em comunicado oficial em 11 de janeiro. A versão principal iraniana anterior era de que a tragédia foi o resultado de mau funcionamento técnico. Na cadeia de eventos deste último comunicado algumas conclusões podem ser tiradas para tentar elucidar o ocorrido.

As Forças de Defesa Aérea do Irã derrubaram o Boeing 737-800 da Ukraine International Airlines (vôo PS752) perto de Teerã devido a "um erro humano", disse o General do Estado-Maior das Forças Armadas Iranianas em comunicado oficial em 11 de janeiro. A versão principal iraniana anterior era de que a tragédia foi o resultado de mau funcionamento técnico. Os dados fornecidos na declaração do Estado-Maior e na conferência de imprensa do Chefe da Divisão Aeroespacial do Corpo do Exército dos Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC) fornecem a seguinte cadeia de eventos:


1. Aproximadamente às 23:00 UTC, em 7 de janeiro, o IRGC realizou um ataque com mísseis contra alvos militares dos EUA no Iraque;


2. A rede de defesa aérea do país estava em alerta máximo, em meio a relatos de um possível ataque com míssil de cruzeiro pelos Estados Unidos e a aumento de vôos de aviões americanos perto do espaço aéreo iraniano;


3. Às 2:38 UTC de 8 de janeiro, o PS752 decolou do Aeroporto Internacional Imam Khomeini e se aproximou de uma instalação "sensível" do IRGC "ao concluir um loop". A aeronave teria se desviado do curso geral do PS752 por cerca de 2 km;


4. A altitude e a direção do movimento do voo "eram como um alvo inimigo". O operador do sistema de mísseis terra-ar identificou erroneamente o avião como sendo um "míssil de cruzeiro" a 19 km;


5. O operador do sistema de mísseis agiu de forma independente por causa de uma falha no sistema de comunicação;


6. O operador "tomou a decisão errada" de disparar contra a ameaça percebida em um período de "dez segundos" para atirar ou ignorar o objeto voador. Durante a noite, o operador pediu repetidamente a interrupção dos voos na área. Isso não foi feito;


7. Um "míssil de curto alcance" explodiu próximo ao avião. Depois disso, o avião continuou voando por um tempo e "explodiu quando atingiu o chão". O lado iraniano não mencionou o sistema de mísseis usado. Supostamente, era o sistema de mísseis terra-ar Tor de baixa a média altitude.

Assim, o Irã descreveu a situação com o Boeing como sendo resultado da combinação dos fatores mencionados acima na “atmosfera de ameaças e intimidação pelo agressivo regime americano contra a nação iraniana”. No entanto, a imagem real dos eventos pode ter sido diferente.


Ainda não está claro como o Boeing 737-800 pode ter sido confundido com um míssil de cruzeiro, especialmente levando em conta que essa situação se desenvolveu perto do aeroporto de trabalho da capital. Se alguém pegar essa explicação com um grão de sal, o cenário poderia ter sido o seguinte.


O avião experimentou algumas dificuldades técnicas durante ou imediatamente após a decolagem e desviou-se do curso, aproximando-se do local militar do IRGC. As informações levavam a crer que a lista de verificação de inspeção prévia não havia sido assinada pelos engenheiros iranianos do aeroporto, mas o lado ucraniano insistiu em voar por seu próprio risco e responsabilidade.


Portanto, o operador do sistema, que sofreu uma falha na comunicação, considerou o avião uma 'ameaça militar' porque poderia ter sido seqüestrado por um ataque no estilo 11 de setembro, controlado sob um ataque cibernético e/ou usado como uma cobertura para um ataque pontual de mísseis no site do IRGC.


Esta versão não explica como a falha de comunicação pôde aparecer no posto de defesa aérea que deve ter dois canais de comunicação blindados: circuito tático primário e o alternativo. A possível explicação para um ataque de guerra eletrônica não se sustenta contra as críticas. Os canais de comunicação civil permaneceram em operacão, com vôos de rotina continuando a partir do aeroporto de Teerã. Outro fator é o vídeo do golpe do míssil que apareceu online. Como essa pessoa poderia saber quando e o que exatamente filmar sem o conhecimento prévio dos desenvolvimentos?


Depois, há mais uma explicação: o avião foi abatido deliberadamente para exercer pressão adicional sobre o Irã vindo dos Estados Unidos durante a alegada fase aguda da crise entre o Irã e os Estados Unidos, que teve a chance de se transformar em uma guerra regional aberta. No âmbito desta versão, pode-se suspeitar que o operador possa ter sido recrutado pela inteligência dos EUA ou chantageado, ou o sistema foi capturado em um ato de sabotagem pelos EUA ou por suas forças aliadas.


Independentemente das lacunas existentes na versão oficial atual dos eventos e do curso real dos desenvolvimentos, o Irã será ainda forçado a alegar que o avião foi abatido por um "erro humano". O Irã pode se dar ao luxo de admitir a falta de controle sobre os principais objetos da infraestrutura militar no coração do país.


Tradução por Léo Camargo


Do Website do The Saker

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