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Crise econômica ameaça reeleição de Macri em 2019



A reeleição do presidente argentino, Mauricio Macri, em 2019, que era considerada muito provável, já está ameaçada pela crise econômica. A situação do país se agravou do começo do ano para cá e minou a principal bandeira do governo. A oposição peronista já se prepara para lançar um candidato moderado, distante da ex-presidente Cristina Kirchner, que está sendo investigada por corrupção.


O pacote de US$ 50 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI) parece não estar conseguindo tranquilizar o mercado, diante de uma economia que terá contração de 0,5% neste ano e inflação anual em 31%. A necessidade de cortar gasto público nos próximos meses aumentará a pressão sobre o governo. Isso tudo coloca o tema no centro da eleição presidencial.


Pablo Knopoff, diretor do Instituto Isonomia, de Buenos Aires, afirma que a economia é importante em todas as eleições, mas terá um peso maior em 2019 porque recuperá-la foi a grande promessa de Macri na campanha de 2015. "Macri sempre falou em recuperar a economia como uma prioridade de seu governo", diz. "Suas chances de reeleição dependerão disso."


Pesquisa do Isonomia de julho mostra que a situação econômica é o problema que mais preocupa os argentinos (34%), seguido por corrupção (14%).


Pesquisas recentes mostram que a aprovação de Macri caiu para 35%, contra 55% no início do ano. A consultoria Rouvier & Asociados mostrou na semana passada que Macri tem imagem negativa para 59,9% dos argentinos.


"Durante dois anos, o governo pôde culpar o kirchnerismo pela deterioração econômica. O presente difícil ainda era consequência do passado, e Macri estava construindo um futuro melhor", afirma Luis Costa, analista político do Costa & Asociados. "Isso deu certo até a eleição legislativa de outubro. A partir de então, o governo passou a ser julgado não com base no que foi feito no governo anterior, mas pelas suas escolhas."


Costa lembra que a conjuntura econômica não apenas desidrata o apoio Macri, como também chega a favorecer a ex-presidente Cristina Kirchner em pesquisas de intenção de voto para 2019. Consulta feita no fim de julho pela consultoria mostra Macri com 29% das intenções de voto e Cristina com 32%.


Mas o cenário se inverteu depois dos escândalos de corrupção da Lava-Jato argentina, em que a ex-presidente é acusada de comandar um esquema de pagamento de propina por empresários em troca de favorecimento em obras públicas. "Macri subiu para 37% e Cristina caiu para 23%", lembra sobre a pesquisa feita entre os dias 20 e 22 de agosto.


O escândalo mina a imagem do kirchnerismo e abre caminho para ascensão de nomes mais moderados no peronismo.


"Cristina dificilmente será a principal rival de Macri em 2019", diz Thomaz Favaro, diretor da Control Risks. "Hoje são grandes as chances de Macri enfrentar um candidato peronista menos polarizador que a ex-presidente."


Favaro aponta alguns nomes para ocupar essa posição. Em primeiro lugar, o governador da província de Salta, Juan Manuel Urtubey, da coligação Frente Para a Vitória - a mesma de Cristina. Pesquisas indicam Urtubey com 28,8% das intenções de voto em um cenário de disputa contra Macri, que teria 37,4%.


Em seguida viriam o senador Miguel Ángel Pichetto, do Partido Justicialista (PJ); Sergio Massa, ex-chefe de gabinete de Cristina, hoje na coligação Frente Renovadora; e Sergio Uñac, governador da Província de San Juan, também do PJ.


"Para investidores, isso significa que a próxima eleição será caracterizada por menor polarização ideológica, se comparada com o pleito de 2015", argumenta. "Com candidatos de perfis não necessariamente opostos, diminuem os riscos de mudanças bruscas na política econômica."


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