Falar de Cuba é falar de Fidel! (por Gerardo Hernández Nordelo)
- Jornal A Pátria
- 2 de jan. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 3 de jan. de 2019
Quero contar algo que nunca havia contado. O 23 de junho de 2001, já dentro da prisão dos Estados Unidos, pudemos ter uma pequena rádio onde escutamos o discurso de Fidel em Havana:
"Nossos heróis terão que ser libertados. A enorme injustiça cometida contra eles será conhecida pelo mundo inteiro. Milhões de livros transmitirão a verdade e a mensagem de Cuba. Nossos companheiros, mais cedo que tarde, voltarão!".

Enquanto ele falava "Os cinco", claramente estava emocionado, e como não estar! Porém admito que me impactou enormemente quando me citou nominalmente, e quando escutei meu nome em sua inconfundível voz tomei a dimensão da enorme responsabilidade que tinha com meu povo, com a história e com ele.
Foi um momento muito importante porque,, ademais, nós fomos capturados e considerados "culpados" e ele assegurou, diante de todo seu povo, que voltaríamos. E assim foi. Voltamos como prometeu Fidel! Essas palavras nos acompanharam durante todos esses anos como um baluarte de otimismo e de confiança.
Ao longo de nossa história não havia nada que ele havia prometido em que não pusera todos os esforços e toda sua inteligência em função de lograr, e cumprir a promessa.
Toda Cuba sabe.
Nós também sabíamos.
Durante os mais de 16 anos que estive preso, conheci pessoas que nem sequer sabiam onde está Cuba e muito menos sobre o socialismo ou comunismo. Porém, se citassem o nome de Fidel, eles sabiam quem era: "Não sei muito sobre seu pensamento, mas sei que os americanos não puderam dobrá-lo", nos diziam.
Essas palavras são as definem o Comandante: um homem que fez a Revolução e ainda que podendo ter uma vida cômoda, escolheu estar ao lado dos pobres e decidiu empunhar armas para melhorar o destino de seu país.
Por isso, falar de Cuba é falar de Fidel.
Já se cumprem dois anos desde que ele passou à eternidade. E nesta ilha de 11 milhões de cubanos estranhamos a sua falta dia à dia. Porém os revolucionários tem o firme propósito de não recordá-lo com tristeza nem lágrimas, e sim com alegria, com o otimismo que ele nos instigou, com todo o desejo de lutar e seguir adiante, de nunca desistir! Nunca!
Somos milhares que sonham e confiam que um mundo melhor é possível. Porém há que construí-lo. As vezes sofremos retrocessos que podem fazer algumas pessoas duvidar se é real ou uma utopia, a eles lhes digo que enquanto Cuba exista e esteja lutando, haverá esperanças.
Lutemos por um mundo melhor, por homens e mulheres novas: lutemos!
Hasta la victoria, ¡Siempre!
(Tomado de La Garganta Poderosa)
Gerardo Hernández Nordelo, da sua coluna do CubaDebate
Traduzido por Bruno Torres
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