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Imprensa encontra Daciolo em monte: 2 horas de trilha, fogueira, violão e orações antes de debate

  • Foto do escritor: Jornal A Pátria
    Jornal A Pátria
  • 17 de ago. de 2018
  • 4 min de leitura

Candidato do Patriota critica adversários que se dizem evangélicos: ‘Falam de Deus da boca para fora e votam contra o povo'. Matéria do o GLOBO.

RIO — Como é praxe na disputa presidencial, todos os candidatos dedicam parte do dia anterior aos debates a um momento de preparação. Um treino para falar propostas de modo direto e conciso em poucos minutos.


No caso do candidato Cabo Daciolo (Patriota), contudo, o treino foi em forma de oração.


No Monte das Oliveiras, no bairro de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, o candidato que causou burburinho depois do primeiro debate entre presidenciáveis passou a tarde de ontem à base de “água e reza”, nas palavras dele. Por estar isolado monte, Daciolo não compareceu à sabatina em uma emissora de TV.


Depois de orar ao ar livre a cerca de 800 metros de altitude, envolto por uma nuvem de neblina no alto de uma pedra, Daciolo deixou o lugar por volta das 2h da madrugada, pouco antes de pegar um carro - ele não gosta de aviões - para viajar a São Paulo, onde participa hoje do debate da Rede TV!.


Para entrevistá-lo, O GLOBO foi ao monte.


Não foi fácil chegar ao local. Os repórteres primeiro encontraram a mulher do candidato, e assessora, em um shopping na Zona Oeste, de onde seguiram o veículo de quatro assessores do candidato até seu encontro. Para isso, a equipe precisou andar por pelo menos uma hora em uma trilha íngreme de mata fechada até alcançar o local onde Daciolo e outros bombeiros, muitos dos quais seus companheiros da greve de 2011 no Rio de Janeiro, montaram um acampamento.


SURFE, VIOLÃO E TROMBETA


Surfista, Daciolo quis ser salva-vidas na Califórnia e no Havaí. Em 1997, morou em Nova York, onde trabalhava como segurança em uma firma israelense.


Ele frequenta o Monte das Oliveiras desde a juventude, quando passava madrugadas a cavalo sozinho na mata - ou, conforme diz, na companhia “do senhor” e dos anjos “Miguel e Gabriel”. Na última semana, ele gravou vídeos ao vivo no Facebook no alto do monte.


Quando a reportagem chegou, Daciolo estava lá há um dia. Sentado em um tronco, o exemplar surrado da Bíblia que carrega desde que assumiu o mandato de deputado federal em uma das mãos, mirava a vista panorâmica da região Oeste da cidade ao lado de 16 colegas do Corpo de Bombeiros, seus seguidores e assessores. Um deles tocava violão e cantava ao lado de uma barraca improvisada, outro soprava uma trombeta, muito parecida com o “shofar” usado por judeus. Havia uma fogueira que aquecia água para o café.


O ponto preferido de oração de Daciolo, no entanto, era no topo do Monte das Oliveiras, cerca de uma hora de caminhada adiante. Foi lá que concedeu a entrevista. No caminho, foi contando sobre como se tornou evangélico.

— Minha mãe e meu pai frequentavam o espiritismo. Ela aceitou Jesus primeiro, começou a frequentar a igreja evangélica. Em 1997, eu fui levar a minha mãe numa igreja, achava tudo isso uma loucura, as pessoas falando em língua... nesse culto tava chovendo um pouco e minha mãe disse ‘entra meu filho’ — lembrou ele, sobre a primeira vez que foi a um culto.

Na ocasião, disse ter ouvido as palavras do pastor, mas não se converteu.

— Antes de conhecer Jesus, eu gostava de uma cerveja, de uma caipirinha e era muito mulherengo. Eu tinha uma namorada e muitas pessoas. Uma mulher casada — admitiu, ao dizer que ouviu do pastor um conselho para acabar o relacionamento.

Ele entrou para a igreja só sete anos depois, quando adoeceu e os médicos não conseguiam encontrar o problema. Padecia de um mal nos intestinos, segundo ele curado tempo depois pela “força do Senhor”.


No Monte das Oliveiras, o candidato criticou os políticos que se dizem evangélicos, mas não se importam com a população:

— Falam de Deus da boca para fora. As atitudes, a forma que votam, não são todos, mas a grande maioria, se vocês olharem lá, vota contra o povo. Muitos votaram pela PEC do Teto de Gastos travando o país em 20 anos. Muitos deles colocaram a questão recente dos trabalhadores, botando uma carga maior de desempregado.

Daciolo também revelou que a União das Repúblicas Socialistas da América Latina (Ursal) - que virou meme após o deputado ter atribuído ao candidato do PDT, Ciro Gomes, apoio à sigla - não se trata de uma notícia falsa. Sua sede, garantiu, fica em Quito, no Equador.


Ao responder por que a deputada Mara Gabrilli, que é tetraplégica, não voltou a andar depois que profetizou sua cura na tribuna da Câmara, Daciolo disse que “o tempo é de Deus”, e que ela ainda voltará a andar.


Daciolo, que acredita em uma vitória no 1º turno, descarta a possibilidade de fazer uma reforma na Previdência, que considera superavitária; e afirma que irá revogar a PEC 55 (teto para gastos).


O candidato também jurou que o problema do Brasil é a maçonaria e a Nova Ordem Mundial, uma organização totalitária, fruto de uma teoria da conspiração, que estaria prestes a dominar o mundo.


Para Daciolo, Geraldo Alckmin (PSDB) seria adepto do grupo.

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