O desastre do último governo Alckmin para a educação de São Paulo
- Camarada C.
- 8 de set. de 2018
- 2 min de leitura

O IDEB 2017 evidenciou o desastre que foi o último governo Alckmin para a educação. Entre as redes estaduais de ensino, São Paulo teve o maior IDEB em 2015 nos três níveis avaliados: 6,4 nos anos iniciais do ensino fundamental, 4,7 nos anos finais de ensino fundamental e 3,9 no ensino médio. Em alguma medida, isso decorre do maior nível socioeconômico do estado de São Paulo, ou seja, estados ricos não fazem mais que a obrigação de ir melhor que estados mais pobres.
Não se pode negar que o IDEB também foi fruto de algumas políticas acertadas, como a progressão continuada, concursos de promoção de professores baseados em avaliações de desempenho e contratação de professores auxiliares em fases e disciplinas críticas para aprendizado.
Entre 2015 e 2017, o IDEB do ensino fundamental ficou praticamente estagnado (aumento de 0,1 em cada nível avaliado) e o IDEB do ensino médio caiu 0,1. Por essa razão, no Fundamental I, São Paulo empatou com Minas Gerais, cujo IDEB cresceu mais que o paulista entre 2015 e 2017, e ficou atrás de Ceará e Goiás. No Fundamental II, São Paulo empatou com Santa Catarina e ficou atrás de Goiás e Rondônia.
No ensino médio, São Paulo empatou com Rondônia e Ceará, que partiram de IDEB significativamente menor em 2015, e ficou atrás de Goiás, Espírito Santo e Pernambuco.
Há que se estudar com profundidade as causas do desastre na rede estadual paulista durante o último governo Alckmin para que esse quadro seja revertido. Tenho alguns palpites: I. no início de 2016, um secretário de educação razoável foi substituído por um ex-presidente do TJ-SP sem a mais vaga ideia das necessidades da educação, cuja função principal foi blindar o governo do estado; II. desde 2013 não foram realizados concursos públicos para contratação de professores, tornando a rede estadual cada vez mais depende de contratos temporários precários; III. e acabaram com os professores auxiliares na rede estadual.
Se eu fosse diretor, iria minimizar reprova, focar em conteúdos que mais caem nessas provas (por exemplo, funções na matemática do ensino médio), ignorar o que está na apostila é praticamente não cai (por exemplo, números complexos) e focar nos alunos de baixíssimo desempenho, que podem dar ganho inicial maior.
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