Ouça a ‘Marchinha do Laranja’, para o Queiroz dos Bolsonaro
- Jornal A Pátria
- 24 de jan. de 2019
- 2 min de leitura
Ouça a música que o grupo de rock Zebra Zebra compôs em 'homenagem' ao ex-assessor do senador eleito Flavio Bolsonaro (PSL).

“Toma, toma vitamina C, pra não ficar doente e falar com o MP.”
Em 2019, Fabrício Queiroz, homem de confiança do clã dos Bolsonaro, se uniu a Dilma, Temer, Lula, Gilmar e Newton Ishii, o ‘japonês da federal’, no time de homenageados em marchinhas de carnaval sobre a política e investigações.
Composta pela banda de rock Zebra Zebra, a ‘Marchinha da Laranja’ foi lançada na manhã desta segunda-feira, 21. O grupo, que nasceu em 2007 e tem dois álbuns gravados, transita do samba rock ao hardcore.
“Hey presidente / um presente eu vou te dar./ Se tu gosta de laranja/ Toma um saco pra chupar”,
diz a música, composta pelo guitarrista e vocalista da banda, Kennedy Lui.
“Além não só das músicas, a gente gosta de se posicionar nos shows. Por mais que tenha se perdido no Brasil essa coisa da banda de rock se posicionar, quer continuar tendo essa postura para dar sentido, uma banda de rock não ser apenas uma onda sonora e sim uma onda de pensamento também”, afirma.
“Queiroz! Queiroz! Queiroz!”, clama ‘Marchinha do Laranja’, que ainda ironiza a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux, que suspendeu as investigações acolhendo pedido da defesa do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), que empregou Fabrício Queiroz em seu gabinete à época em que ocupava o cargo de deputado estadual no Rio. “Fica tranquilo /isso daí tem que acabar./Nós fechamo (sic) com o Supremo / Ninguém mais vai se explicar”.
O ex-motorista homenageado pela canção sofreu devassa do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que apontou uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão. Queiroz justifica que a bagatela encontra lastro na compra e venda de carros usados. “‘Sou um cara de negócios. Eu faço dinheiro'”, a declaração, feita ao SBT, permeia trechos da marchinha de carnaval, mas não convenceu o compositor.
“Conheço todas as gerações da minha família, amigos, todo mundo trabalhando muito e não conseguindo movimentar um milhão e pouco, sete milhões, então não acredito e não acredito na justificativa do Flávio também”, disse o músico.
Via Estadão
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