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“País que mais cresce na América Latina elevou benefícios previdenciários”, diz economista Moreira

Atualizado: 23 de ago. de 2019

“O país que mais cresceu na América Latina, distribuindo riqueza, foi a Bolívia, que fez o contrário do que estão propondo aqui, melhorando os direitos previdenciários nos últimos anos”, foi o desafio que o economista Eduardo Moreira, engenheiro pela PUC do Rio de Janeiro e economista pela Universidade da Califórnia de San Diego (UCSD), fez aos senadores, durante audiência, no dia 25 de março, sob o tema “Impacto da Reforma da Previdência” na Comissão de Direitos Humanos do Senado.

Moreira (ao microfone): Bolívia, país que mais cresceu no Continente, reestatizou a Previdência, fazendo a idade mínima cair de 65 para 58 anos - Agência Senado

O economista defendeu que elevar benefícios previdenciários – ao contrário do que se afirma para defender a proposta, enviada pelo governo, de Reforma Previdenciária – é uma forma de distribuir riqueza e assim melhora a capacidade de consumo da população, dinamiza a economia e, ao invés de causar déficit, produz superávit.


Um dos argumentos do professor Moreira a favor desta percepção tem por base estudo das consequências, do ponto de vista econômico, de tratamentos diversos para a Previdência Social em diferentes países na América Latina.  


Segue a transcrição do trecho em que o economista aborda a questão:

“Vamos olhar o caso do Chile. O Chile tem sido muito citado, pelos que defendem a Reforma da Previdência, como um milagre econômico porque adotou as políticas liberais.


É absolutamente inconsequente fazer uma análise da economia de um outro país de uma maneira tão superficial e rasa, estão comparando laranja com banana. O Chile é um país que tem uma economia 7 vezes e meia menor do que a do Brasil. Uma economia com um PIB de cerca de 270 bilhões de dólares e o Brasil tem o PIB maior do que 2 trilhões de dólares.


O Chile tem metade das suas exportações em cobre, um produto só, que multiplicou por quatro o preço nos últimos 20 anos. Mas as pessoas pegam o Chile como exemplo de um país que deu certo.


E eu chamo a atenção para o seguinte: o Chile é o país mais desigual, estudado pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), seguido do México, países que adotaram políticas iguais a estas que se quer adotar no Brasil.


Mas, imaginem alguém no Chile, olhando por exemplo para um país que tem a economia 7 vezes e meia menor que a deles, coincidentemente a mesma relação da economia deles com a do Brasil, que é a Bolívia. Só existe um país que cresceu muito mais que o Chile nos últimos dez anos, na América Latina. Sabem qual foi?


Foi a Bolívia.

Vocês sabem o que a Bolívia fez em 2010? Aprovou uma lei reestatizando a Previdência Social, que tinha sido privatizada. Fazendo a idade mínima cair de 65 para 58 anos.


Fazendo com que as mulheres tivessem o direito de se aposentar um ano a menos para cada filho, limitado a três filhos. Que os operários das minas pudessem se aposentar com um ano a menos a cada dois anos trabalhados.


Sabem o que aconteceu com a Bolívia durante esse tempo? Foi o caos, não é? Quebrou…Se fez o contrário do que estão propondo aqui, quebrou…


Pois bem, não foi nada disso, se nos últimos dez anos o Chile cresceu 34%, a Bolívia cresceu 62%. O país que mais cresceu na América Latina, distribuindo riqueza”.


Logo adiante, com base na análise acerca do país vizinho que cresceu distribuindo riquezas, o economista acrescenta, referindo-se ao desafio brasileiro, cuja solução, aponta, está em trilhar o caminho oposto ao do arrocho proposto pela proposta governamental:


“A solução para este país, senadores, é muito simples: ela envolve dar riqueza para que as pessoas tenham o mínimo para também produzirem riqueza”.


via Jornal Hora do Povo

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