Um ponto em comum na legislação do fascismo italiano e o Bolsonarismo: o 'AI-1' (por André Ortega)
- Jornal A Pátria
- 4 de jan. de 2019
- 1 min de leitura
Atualizado: 26 de set. de 2019
Tenho um semitexto (notas de um estudo que podem ou não ser publicadas na Revista Opera) encostado falando sobre a evolução institucional e jurídica do fascismo italiano, sobre um livro que aborda o tema com amplitude.

A partir dele seria possível qualificar algumas discussões sobre "fascismo" que o pessoal quer fazer por aqui, mesmo que eu queira evitar as equiparações tolas.
Dois pontos:
1) a parte autoritária repressiva recorreu mais a legislação e a instituições que já existiam do que a novos institutos. Uma emendinha ali, outra aqui, ressuscita uma prática ou outra do liberalismo autoritário, pronto.
2) É curioso, pessoal tá compartilhando bastante o "AI1 do Bolsonaro", de que funcionário estatal vai ter a rede social analisada e será dispensado se postou "elenão". No geral, buscar os que são de esquerda. Esse expurgo no serviço público era esperado de um triunfo do Bolsonaro.
Na Itália, uma das primeiras medidas legislativas do fascismo foi editar uma lei precisamente com o mesmo fim, para limpar funcionários "incompatíveis com a visão e o espírito do governo".
André Ortega
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