Um resumo do 1º dia do trabalho do presidente Jair Bolsonaro (por Alexandre Morgado)
- Jornal A Pátria
- 4 de jan. de 2019
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Só com o primeiro dia de trabalho do presidente Bolsonaro, temos as seguintes decisões:
1. A demarcação de terras indígenas agora está sob competência do ministério da agricultura, que é comandado pela bancada ruralista.
2. Não existe mais menção ao público LGBT+ na organização de trabalho do ministério dos Direitos Humanos, comandado por uma pastora evangelica.
3. O COAF, órgão responsável por descobrir a corrupção de seu filho, Flávio Bolsonaro, foi transferido para debaixo do ministério da justiça (antes ficava sob a Fazenda). O juiz Sérgio Moro, recém empossado ministro da justiça, antes implacável paladino anti-corrupção, considerou recentemente o caso já explicado em entrevista.
4. Apesar do discurso em libras de sua esposa durante sua posse, o ministro da educação extinguiu hoje a secretaria específica que tratava do público surdo e nenhuma outra medida foi anunciada.
5. O ministério da cultura foi extinto.
6. O governo e o PSL anunciaram apoio à reeleição de Rodrigo Maia (DEM) para presidência da Câmara dos Deputados.
7. Governo reafirma a secretários de Trump intenção de abandonar o pacto de imigração da ONU.
8. O salário mínima fica fixado abaixo do aprovado pelo orçamento da Câmara.
Eu fico esperando um lampejo de bom senso, um aceno de que não vai ser tão ruim assim, de que não vai ser uma política econômica desastrosa de Macri com política externa de Trump e pitadas de fundamentalismo religioso iraniano no social, mas tá difícil.
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