A Mulher Samurai, exemplo de luta da mulher revolucionária: Conheça a história de Fusako Shigenobu
- Jornal A Pátria
- 31 de out. de 2019
- 2 min de leitura
Sobre uma das maiores revolucionárias do Japão, até hoje presa política do Estado japonês. Por Art220.

O machismo é uma marca fortemente presente nas sociedades contemporâneas. No Ocidente existe uma outra chaga intensa: o Orientalismo intenso, afinal quem por essas bandas estuda a Revolução da Mongólia e seus atores, por exemplo? Somado a ele, a hegemonia liberal impõe um projeto de moral que também atua sobre a história e vida cotidiana.
Nesse sentido, se conhecer a vida das mulheres revolucionárias no Ocidente já é uma dificuldade, imagina quando ela é oriental!
Muitos entendem que as mortes de Fidel e Mandela marcam o fim do ciclo de revolucionários que lutaram nas décadas de 50 a 70!
Nada mais equivocado! Fruto de pesquisas e estudos ainda iniciais de agentes das revoluções trazemos à baila FUSAKO SHIGENOBU, a mulher samurai, que encontra-se hoje como presa política no Japão.
Fusako Shigenobu nasceu em 28 de Setembro de 1945 em Setagaya, Tóquio, no Japão. Formou-se em economia política e se destacou no movimento estudantil de 1968 por suas defesas da revolução contra o Capital. Comunista, Fusako fundou e liderou o Exército Vermelho Japonês, participando de várias ações contra a monarquia japonesa.
Inspirada no maoísmo, embora suas práticas não fossem consideradas um reflexo dessa linha, Fusako e o movimento que liderava praticavam ações que visassem dar destaques e tensionar ao máximo os Estados capitalistas. Atacaram embaixadas de países imperialistas como EUA e Reino Unido, realizaram sequestros de aviões na década de 70. Em um desses sequestros pousaram o avião na Líbia e quando a aeronave já se encontrava vazia explodiram-na, com intuito de dar visibilidade a sua luta.
Em outra ocasião, no ano de 1977, sequestraram outro voo para conseguir a libertação de camaradas presos políticos.
Em 1972 treinou no Líbano e a partir desse contato integrou a FPLP na luta contra o imperialismo no Oriente Médio. Sua filha, May Shigenobu participou do documentário do diretor irlandês Shane O'Sullivan, chamado Children of Revolution, no qual davam destaque para a vida de Fusako Shigenobu e Ulrike Meinhof.
Diante da vida dedicada à luta anti-imperialista, Fusako foi presa em 2000 e sentenciada, em 2006, a 20 anos de prisão. Fusako hoje é, portanto, uma prisioneira política que mesmo com mais de 70 anos não abandonou os princípios comunistas!
Que a determinação de Fusako seja inspiração de luta para todos que não se resignam diante das atrocidades do Capitalismo!!
FUSAKO LIVRE!!!!
via Art220
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