Bolsonaro conhece a sua alma gêmea, o príncipe saudita (por Érico Bomfim)
- Jornal A Pátria
- 30 de out. de 2019
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Bolsonaro hoje conheceu sua alma gêmea, o príncipe saudita.

A Arábia Saudita é esse lugar batizado com o nome da monarquia que o governa (família Saud) e que sentencia pessoas à decapitação por espada e à crucificação. Os neopentecostais brasileiros não parecem ter problema com a crucificação saudita, ainda que essa tenha sido a sentença imposta pelo Império Romano a Jesus Cristo.
O príncipe saudita também é uma figura suspeita de envolvimento na desintegração ("assassinato" é uma palavra muito suave) do jornalista Jamal Khashoggi. Crítico do príncipe, o jornalista foi visto pela última vez no consulado saudita. Depois disso, não se sabe exatamente o que aconteceu. Com certeza, ele foi assassinado e desmembrado. Possivelmente, desintegrado num tonel de ácido também.
Bolsonaro disse que ele e o príncipe saudita têm "certa afinidade". Disse também que as jornalistas mulheres brasileiras, que vestiam túnica em respeito às regras locais, estavam lindas naqueles trajes. "Ah que maravilha... Estão até mais bonitas assim, sabiam? [...] Quando a beleza é muito grande, ofusca os olhos da gente. Assim ficam mais bonitas." E disse que adorou passar a tarde com o príncipe: "todo mundo gostaria de passar uma tarde com um príncipe, principalmente vocês, mulheres, né?"
De fato, Bolsonaro tem tudo a ver com o príncipe saudita. Como teria qualquer besta-fera resgatada das mais profundas masmorras da Idade Média e adestrada pelos Estados Unidos.
Érico Bomfim
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