Bolsonaro critica e ministro fala em tirar dinheiro público de escolas do MST
- Jornal A Pátria
- 26 de abr. de 2019
- 2 min de leitura
Abraham Weintraub diz que ideia 'é cortar gasolina' das escolas do movimento. 'Quer fazer, faz com o dinheiro deles', diz o chefe do MEC.

BRASÍLIA — Depois de participar de uma reunião no Ministério da Educação (MEC), o presidente Jair Bolsonaro criticou nesta quinta-feira o que chamou de "forte doutrinação ideológica" de cerca de 200 mil alunos pobres e de áreas rurais que frequentam aproximadamente duas mil escolas, nas palavras de Bolsonaro, "ditas Sem Terrinha", geridas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Postado ao lado de Bolsonaro no momento da fala, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, aproveitou para defender o fim do repasse de dinheiro público para escolas do movimento.
O presidente mencionou a "preocupação muito grande" com as escolas do MST, depois de relatar a jornalistas que apresentou ao chefe do MEC algumas ideias e sugestões que serão analisadas pela área técnica, para saber se "são boas ou não".
— Ali (nas escolas do MST), dia sim, dia não, em vez de o Hino Nacional e o hasteamento da bandeira, se canta a Internacional Socialista ou o hino do MST. E há uma forte doutrinação ideológica nessa garotada. No meu entender, não tem que ter política em sala de aula. Nem de esquerda nem de direita. Ou, se tiver, que tenha os dois lados — disse o presidente, para quem a "garotada" deve sair da escola sabendo interpretar textos, a fórmula da água ou uma regra de três simples.
— (Nossa intenção é) que tenhamos no futuro, na ponta da linha, bons profissionais e não bons militantes. O que, no meu entender, não é bom para o Brasil — complementou.
Já o ministro da Educação, Depois de destacar que 30% das crianças brasileiras não estão na pré-escola e deveriam ter preparo para não chegarem defasadas e em desvantagem na primeira série do ensino fundamental, disse que o objetivo é deslocar alunos das escolas do MST "para dentro da República", através de assistência, de creches, pré-escola. Para o ministro, as escolas não podem ser "uma coisa fora da nação brasileira".
Via o GLOBO
Kommentare