Como surgiram nossas sociedades?
- Jornal A Pátria
- 17 de out. de 2019
- 2 min de leitura

PALEOLÍTICO
O homem, no período Paleolítico, desenvolveu seus primeiros utensílios, controlou o fogo, criou significado para a morte e para a arte figurativa.
3 milhões de anos - utensílios
500 mil anos - fogo
100 mil anos - sepulturas 40 mil anos - arte figurativa
Cada avanço representava a construção de novas relações sociais. O impacto das descobertas deu origem a capacidade humana em superar sua contingência natural. Ocorreu, gradativamente, a separação do mundo natural do mundo simbólico.
O homem passou a "construir a sua realidade" ao invés de tentar apenas se adaptar ao meio.
NEOLÍTICO
No período Neolítico, o homem domesticou animais, desenvolveu a agricultura, tornou-se sedentário e desenvolveu as primeiras cidades.
12 mil anos - Domesticação e agricultura 10 mil anos - sedentarismo 3 mil anos - cidades
A necessidade de se estabelecer em local fixo gerou as primeiras estruturas de poder e propriedade. O modelo tribal regido pelo "modo de produção aldeão" logo foi sucedido pelo "modo de produção palatino".
MODO DE PRODUÇÃO ALDEÃO
Estruturação social que remonta à revolução neolítica; são características suas a economia de subsistência, a ausência de divisão e especialização do trabalho, dando-se, em cada aldeia, a união da agricultura e do artesanato. Outras características definidas são a ausência de uma diferenciação em classes sociais e a propriedade comunitária sobre a terra.
MODO DE PRODUÇÃO PALATINO
Resultaria da revolução urbana, que desembocara no surgimento de complexos palaciais e templos como centros de nova organização social.
A economia passara a basear-se na concentração, transformação e redistribuição dos excedentes estraídos por templos e palácios, dos produtores diretos, em sua maioria ainda membros de comunidades aldeãs, mediante coação fiscal, configurando tributos "in natura" ou trabalhos forçados por tempo determinado, para atividades civis e militares.
Isto manifestava divisão e especialização do trabalho, com o surgimento dos especialistas de tempo integral (artesãos, sacerdotes e burocratas dependentes dos templos e palácios), uma diferenciação fortemente hierárquica da sociedade, um sistema já complexo de propriedade que incluía, entre outras formas, as propriedades dos palácios e dos templos.
As comunidades aldeãs e, em regiões marginais, também as comunidades tribais, tomadas em si mesmas, eram o resíduo de um modo de produção cujas raízes mergulhavam no passado pré-histórico; mas constituíam, ao mesmo tempo, a base sobre a qual se desenvolvera o novo modo de produção palatino.
Este último só pode surgir e se expandir explorando o modo de produção mais antigo, que foi subordinado, adaptado e utilizado de acordo com os novos interesses, mas sem perda de todas as suas características próprias.
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