top of page
Publicações e Posts

Esta é a seção de Postagens e Publicações, partilhadas pelos distintos blogs e mini-sites vinculados ao Jornal A Pátria. Para retornar a seção ou blog que estava anteriormente, basta clicar nela abaixo (ou "voltar" no navegador):
Imagem1.png
zz1.png
NP1 png.png
BGP.png
VAEP.png
Sem título.png

EM
CONSTRUÇÃO

CiroGomes-DialogosUNES-34-868x644.jpg
20476136_1492193220803409_18049806265874
10488323_427544194054900_376632240474063

Desemprego: lado a lado ao Capitalismo

Atualizado: 11 de dez. de 2019

(Vinícius Fontoura, 19 de maio de 2018).


No capitalismo o desemprego aparece pela primeira vez como uma característica necessária. Para se entender o porquê dessa afirmação é preciso entender o significado do conceito de Exército Industrial de Reserva.


Rosa Luxemburgo destina um capítulo sobre o trabalho assalariado em seu livro ‘Introdução a economia política’, e neste caso, tratamos mais especificamente do subcapítulo ‘a formação do exército de reserva’, em que Luxemburgo nos dá uma breve contextualização seguida de uma definição.


“[…] o que só a produção capitalista criou e que era completamente desconhecido de todas as épocas anteriores, é o ‘não-emprego’ e consequentemente o ‘não-consumo’ dos trabalhadores, como fenômeno permanente, aquilo que denominamos o exército de reserva dos trabalhadores”


Então, para quê precisa existir o exército de reserva dentro do capitalismo?


1- No capitalismo existem aqueles que possuem meios de produção (fábricas, empresas etc) e aqueles que não possuem. Ao primeiro caso chamamos de capitalistas, ao segundo caso – e especificamente daqueles que não possuem nada além de sua própria força de trabalho – damos o nome de proletariado.


2- Como se sabe, os donos de grandes empresas – e segundo a própria lógica do mercado – buscarão sempre as melhores alternativas para aumentar seus lucros e reduzir seus custos. Portanto, nesse último processo os trabalhadores e desempregados são os principais afetados.


3- Buscando a redução de custos e aumento de lucros, o capitalista buscará sempre pagar o menor salário possível ao seu operário, e é aí que entra a necessidade de uma massa de desempregados.


4- Como há uma “negociação” entre trabalhador e capitalista, o trabalhador pode recusar o emprego caso não aceite os termos colocados no contrato. Entretanto, este mesmo trabalhador encontra-se na posição de não-escolha a não ser vender seu trabalho para algum capitalista, ou seja, uma falsa liberdade. No primeiro livro de ‘O Capital’, Marx já dizia:

“[…] descobre-se que o trabalhador já não é um agente livre; que o tempo pelo qual é livre de vender a sua força de trabalho é o tempo pelo qual é obrigado a vendê-la”

5- O desemprego é necessário para o capitalismo aí, já que, caso o primeiro trabalhador não aceite este trabalho, há um segundo trabalhador desempregado que pode aceitar o mesmo valor recusado pelo primeiro. Desta forma, o capitalista consegue reduzir custos mantendo a mão-de-obra.


O capitalismo não existe como um modo de produção que pretende superar a pobreza e a fome, mas como um modelo que precisa da miséria de alguns para se manter. Como um modelo que vez ou outra cede algum “benefício” aos trabalhadores para manter a si mesmo enquanto modelo atual, quase como uma política de pão e circo.


O capitalismo não serve aos trabalhadores, ele nada mais é do que as suas correntes.


Vinícius Fontoura

 
 
 

Comments


bottom of page