Desigualdade aumentou nos governos do PT apesar dos programas sociais
- Jornal A Pátria
- 19 de set. de 2019
- 2 min de leitura
Segundo alguns dos mais bem reputados pesquisadores de desigualdade social, a Era PT nem chegou a fazer cócegas na estrutura infame de concentração de renda no Brasil.

Tenham atenção para os números abaixo, volto a comentar logo depois.
Participação na riqueza nacional1 2002 e 2015:
1% mais rico:
2002 – 26,2% do total
2015 – 28,3% do total
10% mais ricos:
2002 – 54,3% do total
2015 – 55,6% do total
Faixa entre os 10% mais ricos e os 50% mais pobres:
2002 – 33,1% do total
2015 – 30,5% do total
50% mais pobres:
2002 – 12,6% do total
2015 – 13,9 % do total
Fontes:
Ou seja, toda a propaganda petralha sobre a ascensão dos pobres não passa de uma mentira. Esqueçam a papagaiada sobre ”valorização do salário mínimo”, ”pleno emprego”, ”Fies”, ”Bolsa-Família” etc. Ainda que se considere essas medidas benéficas em algum grau, elas não foram capazes de arranhar a dinâmica que nos torna um dos países mais desiguais da história conhecida.
Pior, a Era petista aumentou a concentração de renda do trabalho. Tanto a faixa da pirâmide dos 1% quanto a dos 10% mais aumentaram sua participação na riqueza nacional. Os 50% menos também ganharam, é verdade, mas em proporção menor do que os escalões mais ricos. Quem perdeu foram os 40% que se situam entre os 50% menos e os 10% mais.
Conclusão, o fosso social aumentou. No fim das contas, a participação conjunta dos 90% mais pobres decresceu de 45,7% para 44,4%. As dos 10% de maior renda aumentou de 54,3% para 55,6%.
Para chegar a esses resultados catastróficos, o petismo nos tornou dependentes da venda de produtos de baixa complexidade tecnológica, desindustrializou o país, consolidou a financeirização da economia, diminuiu direitos sociais, e rompeu a aliança entre as forças populares e as classes trabalhadoras.
O Petismo nada mais foi do que um governo liberal que se vendeu sob a capa de socialista, o instrumento perfeito da elite do dinheiro, dos entreguistas e do sistema financeiro internacional.
Fujam dessa Babilônia embriagada pelo próprio poder e cega para a própria corrupção, compatriotas.
Por André Luiz dos Reis, via Portal Disparada
Notas de Rodapé:
1. A renda citada é principalmente a do trabalho, sem levar em conta a totalidade de aplicações financeiras [capital em sentido mais estrito] e propriedades, que certamente tornariam o panorama ainda pior.
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