Fracassa a tentativa patética de Golpe Militar na Venezuela
- Jornal A Pátria
- 1 de mai. de 2019
- 2 min de leitura
Ontem o mundo foi surpreendido por notícias eufóricas propagadas pela imprensa burguesa de que uma “rebelião militar e civil” estava em curso na Venezuela, liderada pelo “autoproclamado Presidente” Juan Guaidó.

As notícias afirmavam ainda que o principal líder opositor que se encontrava em prisão domiciliar, Leopoldo López, líder do partido Voluntad Popular, havia sido “libertado” por militares que estavam finalmente “mudando de lado”. Guaidó se encontrava então na Base Aérea de Miranda, em Caracas.
O próprio Guaidó, via Twiter, conclamava o povo para ir às ruas, e agora unidos às Forças Armadas, tirariam o “usurpador” Nicolás Maduro do poder. Fotos mostravam Guaidó ao lado de militares e de Leopoldo López na referida Base Aérea. Os militares usavam braçadeiras e lenços azuis, para se diferenciarem de possíveis militares apoiadores de Maduro no confronto que se avizinhava.
De Bolsonaro à Trump, o otimismo era explícito. Chegava-se até a se especular o local para onde Maduro iria se exilar, e que provavelmente este lugar seria Cuba. Era a chamada “Operação Liberdade”.
Horas mais tarde, entretanto, a euforia foi se dando lugar à frustração.
A tal “Operação Liberdade” foi um fracasso em todos os aspectos. O Alto Comando Militar permaneceu completamente fiel à Constituição e ao Governo Bolivariano. As poucas centenas de pessoas que foram às ruas para defenderem a queda de Maduro foram de lá retiradas através da atuação patriótica dos militares legalistas. No início da noite o desfecho patético do pretenso golpe militar já estava claro. Os militares envolvidos pediram asilo na Embaixada Brasileira e Leopoldo López na Embaixada Chilena. O paradeiro de Guaidó ainda não foi divulgado mas se especula que esteja na embaixada de algum país europeu.
O tiro da oposição, portanto, saiu pela culatra.
Como afirmaram muitos jornalistas ontem mais cedo, inclusive sendo repetido pelo Vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, a oposição havia partido para o “tudo ou nada”. Está claro, portanto, que o resultado foi que ela ficou com o nada.
Seus líderes estão agora na fuga mais desesperada, enquanto que o governo de Nicolás Maduro, ao contrário do que afirma exaustivamente os meios de comunicação reacionários, conta com o apoio da grande maioria da população, especialmente da classe trabalhadora, além da lealdade inconteste das Forças Armadas Bolivarianas.
Além do desespero e despreparo da oposição golpista e reacionária, ficou claro também que a pretensa “Operação Liberdade” foi planejada desde à Casa Branca, com a conivência do “Grupo de Lima”, uma coalização de governos reacionários da região que atua como a ponta de lança do imperialismo ianque para a intervenção na Venezuela.
O que os Estados Unidos não contava, entretanto, é que a Venezuela já está devidamente vacinada contra seus planos golpistas, e que a sua Revolução Bolivariana não poderá ser derrotada tão facilmente. Agora, mais do que nunca e apesar do bloqueio e das sabotagens constantes, ela segue mais forte do que nunca.
Rodrigo Dantas, colunista do Vermelho à Esquerda e do Jornal A Pátria
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