A ruína do Brasil e as suas etapas
- Pedro Valente
- 9 de set. de 2018
- 1 min de leitura
Atualizado: 19 de set. de 2018
Ódio, assim como os afetos incoercíveis, não é espontâneo, imediato; se desenvolve nas circunstâncias mais dramáticas e hostis.
De 2012 adiante, prosperidade se tornou um vocábulo estranho à nossa conjuntura. No artigo da Wikipédia que reúne as grandes desventuras econômicas da história, lemos “2014-2017 Brazilian Economic Crisis” enfeitando solenemente o fim da lista. O cotidiano que se testemunha alude, apesar das sutilezas gerais, ao anos inesquecíveis que precederam a eleição de Collor. Como o desprezo, a admiração por caricaturas que divulgam sua onipotência e moral incorrigível cresceu irrepreensivelmente. Embora a retórica e proposituras não tivessem os pormenores elementares para a constituição de um projeto razoável e prático, sua agressividade servia como paliativo ideal para um povo que encurralado enxerga uma saída em qualquer porta.
A história nos mostra com excelência que um Estado deficiente que não persegue seu remédio o quanto antes termina com o esfacelamento da unidade nacional e fazendo o país vulnerável a toda sorte de ameaças internas e exógenas. Em um país das nossas dimensões geográficas, legais e econômicas, as decorrências do atraso de resoluções práticas são de uma vileza que não se escreve.
Após anos soterrada por terrível rancor e inflação atroz, a República de Weimar teve de batalhar contra os efeitos da tragédia que levava os Estados Unidos ao exício. A cólera que devorava as ruas clamava por uma direção firme, que derrubasse esse quadro o quanto antes e recompusesse a ordem nacional.
Por Pedro Valente
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