PCdoB estuda abandonar ‘foice e martelo’ como símbolo
- Jornal A Pátria
- 12 de out. de 2019
- 2 min de leitura
O Partido Comunista do Brasil (PCdoB), vai se reunir no próximo dia 8 de novembro para discutir um explosivo tema: o abandono da foice e do martelo como símbolo do partido.

As duas ferramentas utilizadas como ícone dos comunistas significam a união dos camponeses (foice) com os operários urbanos (martelo).
O emblema foi usado pelos revolucionários soviéticos em 1917, mais tarde incorporado à bandeira da URSS.
No entanto, com a queda do Muro de Berlim, em 1991 e da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, a foice e o martelo foram trocados pela atual bandeira da Rússia, que é tricolor (branca, azul e vermelha).
Pois bem, é “segredo de polichinelo” o antigo desejo de setores do PCdoB de trocar seu escudo.
O partido na Câmara, por exemplo, há muito já deixou de ostentar a cor vermelha nas suas redes sociais.
argumento do PCdoB para abandonar a foice e o martelo como símbolos estão nos seguintes tópicos:
• A cláusula de barreira, que vai aumentar progressivamente;
• A proibição da coligação nas eleições proporcionais; e
• Naufrágio da proposta da federação de partidos.
O PCdoB quer sobreviver política e institucionalmente. Por isso a legenda vermelha quer mudar de cor e abandonar a foice e o martelo como símbolos. Precisará se apresentar em 2020 com cara própria e candidatos próprios, sem coligação. Acredita que, se fracassar no ano que vem, o desastre será uma certeza em 2022.
Sem parlamentares, sem fundo eleitoral. Eis a questão.
O Blog do Esmael conversou com uma fonte na agremiação sobre o explosivo tema para as fileiras comunistas.
“As coligações proporcionais garantiam a eleição de deputados do PCdoB na maior parte dos casos. Então surge para ‘alguns’ a questão da viabilidade eleitoral com o peso da identidade comunista”, explicou.
De acordo com o membro do PCdoB, essa dificuldade eleitoral ocorre também para as eleições de vereadores. “Em São Paulo, por exemplo, a identidade comunista prejudicaria a viabilidade eleitoral.”
Não se sabe ainda o que substituiria a foice e o martelo.
Esmael
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