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Quando Reagan tirou as armas dos cidadãos

Atualizado: 23 de ago. de 2019

Em 2 de maio de 1967, um grupo de Panteras Negras, armados com rifles e espingardas, invadiu o Capitólio do Estado da Califórnia protestando contra uma lei de controle de armas que os atacava.

Para combater a violência policial e dos racistas brancos e o assédio contra os afro-americanos, os Panteras Negras patrulhavam as comunidades negras com armas em público. Eles também usavam rádios para escutar as ligações policiais, depois os membros compareciam a cenas de prisão com livros de Leis e, carregando em público suas armas e espingardas – o que era legal – e aconselhavam os detidos de seus direitos constitucionais.


Assustados com as imagens de negros armados, e para impedir essa autodefesa contra a polícia, as autoridades racistas brancas apresentaram o Mulford Act – projeto de Lei para proibir o porte aberto de armas de fogo carregadas em público. A National Rifle Association (NRA), conhecida hoje por seu forte lobby pró-armas, apoiou o projeto de Lei, que foi aprovado igualmente por Republicanos e Democratas, e o governador Republicano Ronald Reagan a sancionou. Reagan, conhecido hoje como guru e herói da direita pró-armas, disse na época “não vejo razão para que nas ruas um cidadão deva portar armas carregadas.” Ele ainda chamou as armas de uma “maneira ridícula de resolver problemas que precisam ser resolvidos entre pessoas de boa vontade”.


Desde a época dos Pais Fundadores, o direito de se armar garantido pela Segunda Emenda era restrito aos escravos negros, que só teriam o mesmo direito dos brancos após a abolição da escravidão. Durante a campanha dos Direitos Civis os negros (muitos deles defensores de ideias revolucionárias, socialistas, comunistas e anticapitalistas) portavam armas como forma de autodefesa: Malcolm X, os Panteras Negras, os “Deacons for Defense and Justice” e até o pacifista Martin Luther King tinha porte de armas. Enquanto isso, o establishment racista branco – Republicanos e Democratas – se uniram para fazer o possível para barrar o direito dos negros de portarem armas, com as bençãos da NRA, na época uma forte defensora da restrição do porte de arma.


Mesmo hoje, há diversos grupos do movimento negro estadunidense cujos membros portam armas de fogo. A mensagem desses grupos é radical, anticapitalista, defensora de Justiça Social para o povo negro e extremamente crítica de Republicanos brancos. Por isso – mas principalmente por serem negros – eles não são tratados pela mídia e pelos políticos como “cidadãos americanos fazendo uso de seus direitos garantidos na Segunda Emenda” como são chamados os brancos com armas (alguns claramente membros da KKK, fundamentalistas religiosos, defensores de doutrinas racistas e portando bandeiras confederadas e símbolos neonazistas) mas como terroristas, extremistas, bandidos e até “racistas reversos”.


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