Só existe uma Coreia! (por Matheus Novaes)
- Jornal A Pátria
- 28 de abr. de 2019
- 2 min de leitura
Vou falar pela última vez:
Não existe “melhor Coreia”.
Não existe “verdadeira Coreia”.
Não existe concorrência entre as Coreias.

Existe UMA Coreia, uma parte dela livre dos americanos e autodeterminada e a parte sul que teve sua democracia popular esmagada com a chegada americana pós queda japonesa.
A entrada americana significou o restabelecimento da velha colonização japonesa, os velhos senhores e velhos costumes japoneses.
Os coreanos do Sul permitiram isso? Não. Mas suas guerrilhas foram esmagadas. A ditadura americana no Sul triunfou.
Na Guerra da Coreia Kim Il-Sung atingiu Seul, mas o ataque mortífero das potências ocidentais fez que ele recuasse.
O legítimo revolucionário coreano, com o fim da guerra instruiu toda sua área de influência pela reunificação dos irmãos coreanos. Trata-se do Juche. A filosofia centrada no Homem que constrói e pode construir sua história, isto é, o mundo, e como tal deve lutar por sua autodeterminação contra as forças alienantes de sua capacidade criativa: O capital.
Não existe uma divisão sólida entre os coreanos. A língua materna é coreana. A divisão artificial não foi suficiente para dividir este povo. Se ao menos o povo coreano no Sul recebesse uma vida minimamente digna, sem a monumental exploração do trabalho, talvez constituíssem uma nova cultura. Mas não, o povo do Sul é extraviado de si próprio. Sua identidade com o mundo, orgânica é substituída pela “identidade” ocidental.
Tentam destruir uma cultura colocando nexos artificiais nela e por isso falham. Os suicídios sul-coreanos demonstram que o povo coreano não pode viver se não da forma coreana, genuína.
E assim vivem os coreanos no Norte. Produzindo sua cultura, afirmando sua nacionalidade. Atualizando sua potência.
E que a reunificação pacífica liberte as capacidades humanas da Coreia em geral. Libertos e juntos, além dessa visão concorrencial.
A contradição não é Coreia “do Norte” e Coreia “do Sul” mas sim, da autorreprodução de um povo e das forças alienantes do Imperialismo.
Matheus Novaes
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