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Três equívocos do Bloco soviético ausentes na China



Para mim, o socialismo do século XX teve, basicamente, os seguintes três equívocos teóricos que foram fundamentais para o revés histórico da queda do socialismo na União Soviética e no Leste Europeu.


1) Subestimação do fundamento de que a luta de classes sob o socialismo ainda continua. Desde as lideranças dos anos 1950 essa visão tornou-se hegemônica. A ideia de que só havia "um povo soviético" e de que "o socialismo é invencível" levava ao comodismo, à inocuidade, sem o espírito de inovação institucional, do partido, e da necessidade de renovar constantemente o sistema com as novas condições que iam surgindo da prática, de modo que o partido foi se degenerando e ressurgindo contradições no seio do povo.


2) Interpretação enviesada da teoria do marxismo-leninismo sobre a questão de Estado e socialismo (período histórico de transição) e planejamento e mercado. Para a visão predominante, socialismo coexistia com economia monetária, mas sem lei do valor (mercado), apenas economia planejada público-estatal. Isso foi uma grande confusão acerca da etapa histórica do que é socialismo. Socialismo não é planejamento, nem capitalismo é mercado. Ambos planejamento e mercado são categorias de alocação de recursos que existem desde o escravismo antigo, oriundos da divisão do trabalho. Portanto, no chamado período socialista (pelo menos em suas etapas primárias), dever-se-á coexistir tanto planejamento e mercado sob a premissa da libertação das forças produtivas.


3) Problemas do ponto de vista estratégico e tático para a preservação e avanço do socialismo. A União Soviética do pós-guerra por muito tempo adotou uma estratégia de contenção mútua com os EUA, ambos disputando o destino do mundo. A manutenção a longo prazo disso é complicado porque, com exceção de alguns setores, sobretudo a engenharia aeroespacial, a URSS (que há pouco havia surgido de um país atrasado) era defasada na produção e controle das ciências e tecnologias de fronteira. A produtividade dos países capitalistas centrais sempre foram superiores. Essa estratégia era incapaz de criar mecanismos táticos para concentrar esforços no desenvolvimento das forças produtivas e na construção de um sistema nacional de inovação.


Na minha opinião, a China socialista aprendeu com as primeiras experiências de construção de uma nova sociedade e tem conseguido fazer o que ninguém ainda havia: libertar as forças produtivas e levar o socialismo ao seu potencial máximo, durante essa defensiva estratégica do socialismo. Se um ou poucos países socialistas não alcançarem e superarem o nível técnico-científico dos principais países capitalistas do sistema mundial, pouco poderá contribuir à humanidade.


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