URSS e China: o que acontece quando os comunistas tomam de conta da economia de um país?
- Camarada C.
- 17 de jan. de 2019
- 3 min de leitura
Atualizado: 24 de ago. de 2019

O que acontece quando os comunistas tomam de conta da economia de um país? Vejamos os 2 maiores exemplos de experiência socialista: a URSS e a China.
URSS:
"Os resultados alcançados pelo esforço de industrialização socialista dos primeiros planos quinquenais foram, de fato, impressionantes. A média anual de crescimento econômico da URSS foi de 13.2% no 1° Plano e 16.1% no 2°. O 3° Plano foi interrompido pela invasão nazista em 1941 e registrava, até então, um crescimento anual médio de 12.5%. Esse crescimento da produção se baseava, fundamentalmente, na entrada em operação de novas máquinas ou unidades de produção, que incorporavam a base técnica mais avançada dos países capitalistas na época."
"O crescimento da produção industrial da União Soviética entre 1913 (ainda no formato da Rússia imperial) até 1950 foi mais elevado do que a de qualquer país capitalista (Bolótin, 1989). Esse desempenho foi sustentado por uma elevação mais rápida da produtividade social do trabalho na URSS (nos marcos do esforço de industrialização socialista acelerada) do que nos países capitalistas. (...) A produtividade social do trabalho na União Soviética era 3.2 mais elevada em 1950 do que em 1913 (contra 2.5 vezes nos EUA, 1.55 no Japão e na Itália e 1.25 na Inglaterra e na Alemanha)."
China:
"Entre 1978 e 1995, o crescimento econômico da China atingiu a impressionante taxa de 7.49% ao ano. Entre 1985 e 1995, essa taxa foi ainda maior, 10.2% (...) Entre 1978 e 1991, o setor industrial liderou a taxa de crescimento do PIB. (...) A elevada taxa de crescimento ocorrida nestes anos foi acompanhada de mudanças estruturais nos padrões nacionais de consumo. Em 1978, os bens duráveis de consumo de massa limitavam-se à posse de máquina de costura, bicicleta, relógio e rádio. A produção destes bens cresceu moderadamente entre 1978 e 1984, e a taxas reduzidas entre 1984 e 1990. A introdução de novos bens de consumo duráveis foi, entretanto, extraordinária. A produção de geladeira, televisão, gravador, máquina de lavar e ventilador registrou taxas de crescimento explosivas entre 1978 e 1984 e elevadas entre 1984 e 1990 (Singh, 1993).
Ao longo dos anos 80, o investimento bruto situou-se acima de 35% do PIB, mas com forte aceleração a partir de 1985, quando atingiu, por mais de 3 anos seguidos, impressionantes taxas de 40% da renda. As empresas estatais foram responsáveis por um valor acima de 65% dos investimentos realizados, em sua maioria, na expansão da capacidade produtiva industrial e, em particular, na expansão da oferta e distribuição de energia elétrica; uma parcela de 15% foi realizada pelas empresas coletivas de vilas e municípios e 20% pelo setor privado (Naughton, 1996).
(...) entre 1984 e 1995, as exportações em dólares correntes cresceram à média extraordinária de 17% ao ano. Esta performance fez com que a parcela das exportações chinesas nas exportações mundiais passasse de 0.75% observada em 1978 para 3% em 1995 (World Bank, 1995).
(...) Em relação à distribuição de renda e redução da pobreza, a China passou por uma década notável nos anos 80. Segundo dados do Banco Mundial, a incidência da pobreza viu fortemente entre 1978 e 1985. A partir deste ano [até 1999], o índice de pobreza ano solução manteve-se praticamente inalterado. Um aspecto central foi a expansão da agricultura e da indústria rural, resultando num crescimento de 9.6% ao ano da renda per capita dos residentes rurais entre 1980 e 1988 contra 6.3% dos residentes urbanos."
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