Breve considerações sobre o possível mandato de Joe Biden.
- Guilherme Melo
- 28 de set. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 29 de set. de 2020

Ao passo que a mídia dedica-se a tratar de temas ligados à covid-19, aos temas estadunidenses ligados aso movimentos sociais e à reação armada da direita em defesa de princípios republicanos na política, no sentido partidário do termo; claro, além de outros elementos de natureza antropológica e sociológica, da história das ideias políticas nos Estados Unidos, algo que não cabe aqui tratar.
As tímidas campanhas, acompanhadas de boicotes, palco democrata sem público, porém, numa tensão institucional, mais ainda, social, onde cidadãos, polarizados, principalmente influenciados pela informação organizada e distribuída por algorítimos em rede, existe uma expectativa a respeito de como será o novo normal, não só em termos de saúde e comportamento, mas te toda política com "P" maiúsculo.
Um país que historicamente teve influência sobre todas as outras grandes potências, vide o G-7, desde o pós guerra, menos sobre a União Soviética no século passado, a China desde o início dos anos 2000 e agora sob os membros europeus do bloco, a preocupação sobre as relações internacionais dos Estados Unidos se sobressai entre os analistas.
Com todo respeito as outras nações, não se pode esquecer o poder de propagação de efeitos da política pública interna e externa deste país, devido a sua projeção financeira, diplomática e bélica, construída principalmente desde a criação da ONU e do sistema Bretton Woods.
Por isso, o cuidado analítico, porém, esse texto não deriva de um típico trabalho acadêmico, o qual o pesquisador se dedica de um a dois anos para escrever, mas todo amante da política, percebe alguns traços, ainda que de uma forma fenomenológica, a fenomenologia do império.
Joe Biden, sem dúvida é o candidato mais lúcido da condição imperial dos Estados Unidos, ele vai aprimorar a guerra comercial feita por Trump, porém agora, com a chamada Conferência das Democracias, já teve participação de Ex chefe do Pentágono, Cia e NSA.
Por isso eu rio quando a direita diz, Trump da um golpe e tá tudo certo, o Pentágono não engoliu até hoje o apoio à Rússia, o plano de retiradas de tropas do Iraque.
A ideia é reunir todos os “governos livres” e bloquear a transferência de tecnologias e negócios com países da Ásia e Rússia não alinhados, quebrando assim a aproximação russa da Europa com o recém gasoduto e insumos de saúde exportados, além das vacinas, claro.
Para dá mais força, Bolsonaro tá no rodo, ninguém nos salões da burocracia, aguenta esse paira, Biden já fez declarações discretas que bloquearia o comércio com o Brasil, em caso de permanência na política ambiental, isso diz respeito a valores? Sim, porém, não somente.
Depreciar valores de troca, causar choque político entre governadores, congresso e o presidente, algo que Bolsonaro faz por si só, porém, sem o lastro econômico.
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