Cadê as câmeras de segurança nos ônibus do Grande Recife? Por Pedro Josephi
- Bruno Lima
- 1 de jul. de 2020
- 1 min de leitura
Uma travesti, conhecida como Lady Gaga, foi esfaqueada na madrugada desta quinta-feira, dentro de um ônibus no Terminal do Cais de Santa Rita. Mais um crime transfóbico que poderia ser elucidado com maior precisão se as câmeras de segurança estivessem funcionando. Temos reafirmado há anos, no boom dos assaltados nos ônibus, que uma das ações primordiais é a inteligência com a sistematização dos dados para prevenção e resolução dos casos.

Um sistema, onde as empresas recebem mais de 250 milhões de reais (sem contar as receitas das tarifas) em subsídios fiscais, deveria entregar conforto e oferecer segurança aos usuários. Mas, as empresas de ônibus não investem em melhorias.
Por outro lado, o Estado licitou o SIMOP (Sistema Inteligente de Monitoramento da Operação) por 40 milhões de reais, que estava adormecido e só voltou a ser instrumentalizado após nossa representação ao Ministério Público. Esse Sistema prevê uma série de benefícios para a população, entre eles a possibilidade de interligação e transmissão em tempo real das imagens das câmeras de segurança. Isso inibe a criminalidade, bem como permite agilidade nas investigações de crimes como estes, além de roubos, furtos, atropelamentos e colisões.
Pagamos uma passagem cara sem a contrapartida das empresas de ônibus e a leniência do Governo. Como membro do Conselho Superior de Transporte Metropolitano, irei fazer um pedido de informações para saber exatamente quantas câmeras estão em funcionando na frota do Grande Recife e quais as suas capacidades de armazenamento das imagens.
Por um transporte público sem violência e com segurança!
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